instagram

@olharesque_cuidam

Envie-nos um email

contato@olharesquecuidam.com.br

Pesquisa sobre Saúde Visual Infantil: Descobertas e Reflexões

Pesquisa sobre Saúde Visual Infantil: Descobertas e Reflexões

Introdução

O projeto Olhares que Cuidam, desenvolvido por estudantes da FAFILTEC, realizou uma pesquisa abrangente sobre saúde visual infantil, coletando 122 respostas válidas de responsáveis por crianças de diferentes regiões do Brasil. O objetivo foi identificar hábitos, histórico e possíveis necessidades relacionadas à saúde visual de crianças, fornecendo dados importantes para ações de prevenção e conscientização.

122
Total de Respostas
7.8
Idade Média (anos)
1-18
Faixa Etária

Perfil dos Participantes

A pesquisa contou com a participação de responsáveis por crianças com idades entre 1 e 18 anos, com uma idade média de 7,8 anos. A distribuição geográfica mostrou uma concentração significativa na Região Sul do Brasil (83,6% das respostas), seguida pela Região Centro-Oeste (13,9%), demonstrando o alcance inicial do projeto e a necessidade de expandir ações para outras regiões.

Principais Descobertas

Consultas Oftalmológicas: Um Panorama Promissor

Uma das descobertas mais positivas da pesquisa foi que 59,8% das crianças já passaram por consulta com oftalmologista. Este dado indica uma conscientização crescente sobre a importância da saúde visual desde a infância. No entanto, ainda há espaço para melhoria, já que 40,2% das crianças nunca foram avaliadas por um profissional.

Distribuição: Consultas Oftalmológicas

Sim 59.8%
Não 40.2%

A pesquisa também revelou que, entre as crianças que já foram consultadas, a maioria teve sua primeira avaliação antes dos 2 anos ou entre 2 e 5 anos, o que é um indicador positivo, pois a detecção precoce de problemas visuais é fundamental para o tratamento eficaz.

Uso de Óculos: Dados que Refletem Realidade

Apenas 23,8% das crianças pesquisadas usam óculos de grau atualmente, enquanto 76,2% não utilizam correção visual. Este dado pode indicar tanto que a maioria das crianças não apresenta necessidade de correção quanto que há casos não diagnosticados. É importante destacar que, entre as crianças que usam óculos, a maioria começou a utilizá-los após os 5 anos de idade.

Distribuição: Uso de Óculos

Sim 23.8%
Não 76.2%

Uso de Telas: Um Desafio Contemporâneo

Um dos dados mais preocupantes da pesquisa foi o uso excessivo de telas: 82% das crianças costumam assistir TV, usar celular ou tablet por mais de 2 horas por dia. Este é um dado alarmante, considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Sociedade Brasileira de Pediatria, que sugerem limites de tempo de tela para diferentes faixas etárias.

Uso de Telas: Mais de 2 horas por dia

Sim (2h+ por dia) 82.0%
Não (menos de 2h) 18.0%

⚠️ Atenção: Este é um dado preocupante que requer ação imediata dos responsáveis.

O uso excessivo de telas pode levar a:

  • Fadiga visual
  • Síndrome do olho seco
  • Dificuldades de concentração
  • Problemas de sono
  • Potencial desenvolvimento ou agravamento de miopia

Dificuldades na Escola: Sinais de Alerta

Apenas 16,4% dos responsáveis relataram que a escola ou professor(a) já comentou alguma dificuldade da criança para enxergar o quadro ou ler. Este dado pode indicar que:

  1. A maioria das crianças não apresenta dificuldades visuais aparentes na escola
  2. Há necessidade de maior atenção dos educadores para identificar sinais de problemas visuais
  3. Muitas dificuldades podem passar despercebidas

Dificuldades Relatadas pela Escola

Sim 16.4%
Não 83.6%

Sinais de Estrabismo: Prevenção e Detecção

A pesquisa mostrou que 10,7% das crianças já apresentaram sinais de estrabismo (olhos desalinhados ou “olho virado”). Este é um dado significativo, pois o estrabismo pode afetar o desenvolvimento visual e a qualidade de vida da criança. A detecção precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações futuras.

Sinais de Estrabismo

Sim 10.7%
Não 89.3%

Frequência de Consultas: Necessidade de Conscientização

Um dado preocupante foi a frequência de consultas oftalmológicas:

Frequência de Consultas Oftalmológicas

Não costumo levar 37.7%
Todo Ano (recomendado) 25.4%
Apenas quando há queixa 21.3%
A cada 2 anos 12.3%

Estes dados mostram a necessidade de maior conscientização sobre a importância de consultas regulares, mesmo quando a criança não apresenta sintomas aparentes.

Distribuição por Região do Brasil

A pesquisa foi realizada principalmente na Região Sul, com 83,6% das respostas, seguida pela Região Centro-Oeste com 13,9%. Este dado reflete o alcance inicial do projeto e a importância de expandir ações para outras regiões do país.

Distribuição Geográfica

Região Sul 83.6% (102 respostas)
Região Centro-Oeste 13.9% (17 respostas)
Outras Regiões 2.5% (3 respostas)

Análise por Idade

A distribuição por idade mostrou uma participação equilibrada em diferentes faixas etárias, com maior concentração entre 5 e 10 anos. Esta faixa etária é crucial para a detecção e tratamento de problemas visuais, pois coincide com o período de maior desenvolvimento visual e início da vida escolar.

Histórico Familiar

A pesquisa também investigou o histórico familiar de uso de óculos. A maioria dos responsáveis relatou que há alguém na família próxima que usa óculos, sendo a mãe o membro mais frequentemente mencionado. Este dado é relevante, pois problemas visuais podem ter componente hereditário, aumentando a importância de acompanhamento regular para crianças com histórico familiar.

Interesse em Receber Informações

33,6% dos participantes demonstraram interesse em receber novidades sobre o projeto via WhatsApp, indicando uma demanda por informações contínuas sobre saúde visual infantil. Este dado reforça a importância de canais de comunicação para educação e conscientização.

Interesse em Receber Novidades via WhatsApp

Sim 33.6%
Não 66.4%

Reflexões e Recomendações

Para os Responsáveis

  1. Priorize consultas regulares: Mesmo sem sintomas aparentes, é recomendado que crianças façam avaliação oftalmológica anualmente ou conforme orientação médica.
  2. Limite o tempo de tela: Estabeleça limites claros para o uso de dispositivos eletrônicos, seguindo as recomendações por idade:
    • Crianças menores de 2 anos: evitar telas
    • Crianças de 2 a 5 anos: máximo de 1 hora por dia
    • Crianças acima de 5 anos: máximo de 2 horas por dia
  3. Observe sinais de alerta: Fique atento a comportamentos como:
    • Aproximar muito os olhos de livros ou telas
    • Reclamar de dor de cabeça ou cansaço visual
    • Apertar os olhos para enxergar melhor
    • Dificuldades na escola
  4. Histórico familiar: Se há histórico de problemas visuais na família, redobre a atenção e mantenha acompanhamento regular.

Para as Escolas

  1. Observação atenta: Professores e educadores devem estar atentos a sinais de dificuldades visuais nas crianças.
  2. Comunicação com responsáveis: Quando notar qualquer dificuldade, comunique imediatamente aos responsáveis.
  3. Ambiente adequado: Garantir iluminação adequada e posicionamento correto das crianças em relação ao quadro.

Para a Sociedade

  1. Acesso à saúde visual: Os dados mostram a importância de políticas públicas que garantam acesso facilitado a consultas oftalmológicas para crianças.
  2. Educação e conscientização: Campanhas educativas são essenciais para aumentar a conscientização sobre a importância da saúde visual desde a infância.
  3. Prevenção: Investir em prevenção é mais eficaz e econômico do que tratar problemas já estabelecidos.

Conclusão

A pesquisa realizada pelo projeto Olhares que Cuidam revelou dados importantes sobre a saúde visual infantil no Brasil. Embora haja aspectos positivos, como a porcentagem significativa de crianças que já foram consultadas, ainda há muito trabalho a ser feito, especialmente em relação ao uso excessivo de telas e à frequência de consultas regulares.

Os dados coletados reforçam a missão do projeto: promover educação, prevenção e acolhimento na área de saúde visual. A informação é o primeiro passo para a transformação, e acreditamos que, com conhecimento e ação, podemos fazer a diferença na vida de muitas crianças.

A saúde visual é um direito de todos, e cuidar da visão desde a infância é investir no futuro. Cada consulta realizada, cada informação compartilhada, cada ação preventiva é um passo em direção a um futuro com mais clareza e qualidade de vida.


Sobre o Projeto Olhares que Cuidam

O projeto Olhares que Cuidam é uma iniciativa de extensão universitária desenvolvida por estudantes da FAFILTEC, com o objetivo de promover a conscientização sobre saúde ocular de forma acessível, acolhedora e baseada em dados científicos. Atuamos com campanhas educativas, visitas escolares, parcerias sociais e conteúdos digitais voltados à prevenção de problemas visuais.

Importante: Este artigo é baseado em pesquisa realizada pelo projeto e não substitui uma avaliação médica. Se você tem dúvidas sobre a saúde visual de uma criança, consulte um profissional qualificado.

Sua visão é essencial para o seu desempenho e bem-estar.


Dados da pesquisa: 122 respostas válidas | Idade média: 7,8 anos | Período: Outubro a Novembro de 2025

Tags :
estrabismo,infantil,pesquisa,saúde

Compartilhe